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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Sucesso: I Festival de Múltiplas Sexualidades na UFRB!

2 comentários
Reitor da UFRB, Paulo Gabriel, abre Festival


I Festival Múltiplas Sexualidades: apresentações culturais celebram o evento no CCS 
O Centro de Ciências da Saúde, em Santo Antônio de Jesus, foi palco do primeiro dia do Festival de Múltiplas Sexualidades. A mesa de abertura “A UFRB e a política de permanência: - políticas afirmativas em debate” e o lançamento do Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação (NUGEDS) deram início ao Festival no seu ano de inauguração.

Além de autoridades da UFRB, como o reitor Paulo Gabriel Nacif e o pró-reitor de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis, Ronaldo Barros, a mesa de abertura contou ainda com a presença de Ana Cristina Givigi (Kiki), idealizadora do festival e responsável pelo recém-criado NUGEDS. “É um núcleo criado do debate sobre as múltiplas sexualidades e as armadilhas da naturalização da heterossexualidade nos corpos. O NUGEDS produziu este festival com objetivo de aglutinar as pessoas para discussão do gênero e da sexualidade”, aponta Kiki.

Apresentações culturais, debates acerca do gênero e sexualidade marcaram o evento. A capoeira também foi destaque, com palestras de mestres do recôncavo. O I Festival Anual de Múltiplas Sexualidades tem encerramento nesta sexta-feira, 18 de maio, na cidade de Cruz das Almas.

I Festival de Múltiplas Sexualidades: CFP discute diversidade sexual em Amargosa

"A nossa luta é todo dia, contra o racismo, o machismo e a homofobia". O grito de guerra emitido durante o segundo dia do I Festival de Múltiplas Sexualidades da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) resume o ideal do evento, sediado em seu segundo dia, 16 de maio, pelo Centro de Formação de Professores (CFP), campus de Amargosa.

Expressões artísticas marcaram a manhã do festival na cidade localizada a 235 km de Salvador. A tenda arco-íris coloriu a praça do bosque, no centro de Amargosa, com o estande "saúde e sexualidade" que distribuía planfetos e camisinhas aos moradores do município. Já no período da noite, ocorreu a abertura do Festival na cidade. No local, o reitor Paulo Gabriel Nacif; o vice-reitor Silvio Soglia; o diretor do CFP, Clarivaldo Souza; o pró-reitor de Políticas afirmativas e assuntos estudantis, Ronaldo Barros; o presidente do GAMAR LGBT, Hildeval Aragão; Ana Rita Santiago, pró-reitora de extensão; e a coordenadora de Políticas Afirmativas, Denize Ribeiro.

"A Bahia pelo sexto ano consecutivo bateu o recorde nacional de assassinatos contra homossexuais. Isso tem que ser combatido. Somos todos iguais", refletiu o presidente do GAMAR, Hildeval Aragão. O reitor Paulo Gabriel, por sua vez, destacou o papel da universidade, em especial da UFRB, como forte instrumento na luta dos direitos humanos. As características sociais da cidade de Amargosa também foram abordadas por Ana Rita Santiago, pró-reitora de extensão, que falou ainda da necessidade de políticas públicas e ações institucionais no combate a intolerância sexual.

Na opinião de Ítalo Almeida, estudante do 3º semestre do curso de matemática, o festival aborda um tema bastante atual e aponta sua relevância no ambiente acadêmico, em especial, na área de formações de professores: "futuramente, teremos que trabalhar esses temas em salas de aula". "A UFRB consegue quebrar os muros da academia e se inserir na comunidade. Trazer temas como o da múltiplas sexualidades para uma cidade do interior, a exemplo de Amargosa, amplia o debate", opina Van Couto, discente do 4º semestre de filosofia.

A programação do festival em Amargosa contou ainda com o babado acadêmico e a temática "Educação e currículo: um espaço para a diversidade sexual e racial?". O palestrante Alexsandro Rodrigues, professor da Universidade do Espírito Santo, falou de sexualidade, utilizando a escola e seus sujeitos como referência. "Precisamos aprender a ouvir a relva crescer", assinalou Rodrigues ao falar da necessidade de trabalhar uma política de amizades entre os alunos. Junto com ele, Millena Passos da associação de travestis de Salvador falou sobre suas experiências pessoais na luta contra a intolerância sexual. "Muitos professores não entendem e expulsam indiretamente o aluno, aconteceu isso comigo", revelou.

"Essa intolerância com o outro é um elemento que segrega, violenta e mata", destacou a coordenadora do Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação e idealizadora do Festival, Ana Cristina Givigi (Kiki). Para ela, o evento é uma luta de repúdio a todos os tipos de intolerâcia. Em sua opinião, a cada nova versão, o festival vai crescer e tornar o diálogo com os movimentos sociais ainda mais forte.


CAHL promove manifestação contra homofobia e debate acesso à educação




No Dia Mundial de Combate à Homofobia, 17 de maio, foi a vez do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), na cidade de Cachoeira, receber o I Festival de Múltiplas Sexualidades da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

A abertura do terceiro dia do evento foi marcada por um ato público contra as opressões, seguido de uma passeata que percorreu as ruas da cidade chamando atenção para os direitos dos homossexuais. O movimento contou com a participação de estudantes, professores e representantes de associações de gênero, como o presidente da Associação do Grupo Gay de Cachoeira, Alexandre Britto, e a coordenadora do Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação (NUGEDS), Ana Cristina Givigi.
‘Homofobia, acesso à educação e estratégias de resistência’ foi o tema do debate no período da noite. Compuseram a mesa institucional o reitor da UFRB, Paulo Gabriel Nacif; a pró-reitora de Extensão, Ana Rita Santiago; o pró-reitor de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis, Ronaldo Barros; a diretora do CAHL, Georgina Gonçalves; a coordenadora de Políticas Afirmativas, Denize Ribeiro; e o estudante Diogo de Oliveira, representante do Coletivo Aquenda! de Diversidade Sexual.

O reitor Paulo Gabriel relembrou a sua origem para destacar que a universidade deve ser um espaço democrático que garanta a todos o direito à educação. “Já somos uma das universidades mais inclusivas do país em relação a estudantes negros e pobres e queremos alcançar o mesmo em relação à diversidade sexual”, defendeu o pró-reitor Ronaldo Barros. Para ele, ao incluir a discussão de gênero e sexualidade no âmbito das políticas afirmativas, a UFRB deu mais um passo significativo em direção a essa conquista. Na opinião de Denize Ribeiro, alguns desafios ainda precisam ser superados, mas a universidade não deve perder de vista seu papel para provocar a reflexão na sociedade como um todo.

O debate seguiu com o Babado Acadêmico. ‘Quem está faltando aqui?’ foi a questão levantada pelos palestrantes convidados ao tratar das dificuldades enfrentadas pelos homossexuais no acesso ao ensino superior. ‘O pior preconceito é aquele velado, institucionalizado’, provocou Leilane Assunção, doutoranda em Ciências Sociais pela UFRN e militante do Grupo Universitário de Defesa da Diversidade e Expressão das Sexualidades (GUDDES). Leilane, que é a segunda transexual doutoranda no Brasil, defendeu que é preciso se apropriar da herança histórica de forma crítica e buscar posicionamentos mais conciliadores entre os movimentos sociais.

Para o professor Fernando Pocahy, do programa de pós-graduação em psicologia da UNIFOR e coordenador do Laboratório de Estudos e Pesquisas Multiversos, é com alegria, ironia e, sobretudo, rigor ético, que podemos questionar ‘as estranhezas impertinentes que se acham domesticadas’. Durante sua fala, ele incitou: ‘libertemo-nos das formas instituídas de produzir e fazer circular o conhecimento!’. O debate teve a mediação da professora do curso de Serviço Social da UFRB Valéria Miranda, que ao final lembrou que o trabalho para uma educação libertária exige práticas de resistência.

Arte como expressão -
Como parte do Festival, os participantes também puderam conferir a exposição ‘Mulher, sexo e sexualidade. Mexeu com uma mexeu com todas’, produzida pelos estudantes de Museologia e aberta à visitação no foyer do auditório. O trabalho orientado pela professora Patrícia Santos destacou os corpos que se entendem como mulher inseridos em diferentes cenários sociais e históricos. ‘Resgatamos as amélias, passando pelos cabarés do século passado até a Marcha das Vadias. A ideia é mostrar a trajetória feminina desde a opressão até sua emancipação sexual’, disse Janaína Miranda, estudante do 5º semestre e membro do Coletivo Aquenda! de Diversidade Sexual.

O Banheirão foi outra atração aberta ao público do evento. A instalação dos estudantes de Artes Visuais representou uma ruptura com os dispositivos da heteronormatividade, trazendo a questão do feminino e masculino como construções sociais. Uma projeção interativa convidava os visitantes a fazer barulho ao tempo em que exibia frases e imagens de impacto que retratavam a violência contra a mulher.

Encerramento –
As atividades do I Festival de Múltiplas Sexualidades seguiram até a sexta-feira, dia 18 de maio. O último dia do evento reuniu os participantes no campus de Cruz das Almas para o debate ‘Trabalhos, pesquisas e fazeres: gênero, sexualidade e diversidade sexual’. Uma exposição coordenada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Violência, Gênero, Raça/Etnia Maria Quitéria apresentou à comunidade os trabalhos acadêmicos nessas temáticas.

‘Esse evento abriu uma possibilidade de diálogo em todos os Centros de Ensino da UFRB, na perspectiva de discutir e construir políticas de gestão, ensino, pesquisa e extensão em gênero e sexualidade’, avaliou a idealizadora do festival e responsável pelo recém-criado NUGEDS, Ana Cristina Givigi. A plenária final votou o plano de ação proposto pelo núcleo, voltado ao acesso e permanência das múltiplas sexualidades na universidade.

2 comentários:

Virginia Nunes disse...

huruuuuuuuuuuuuuuuuuu!! babaaaaaaaaaaaaaaado na UFRB!! FOI TUUUDO DE BOM!

Anônimo disse...

Foi um festival de arco ireis ...

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