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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Obama se torna o primeiro presidente americano a apoiar o casamento gay

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Foto divulgada pela Casa Branca exibe Obama durante entrevista com Robin Roberts da ABC
Barack Obama disse nesta quarta-feira que é favorável aos casamentos homossexuais, se tornando com isso o primeiro presidente dos Estados Unidos em exercício a assumir esta posição, enquanto o eventual candidato republicano, Mitt Romney, reafirmou sua oposição ao matrimônio gay.

"Para mim, pessoalmente, é importante dizer que eu acredito que os casais do mesmo sexo devem poder se casar", afirmou em uma entrevista concedida nesta quarta-feira à rede ABC, ressaltando que cabe aos estados americanos se decidirem sobre o assunto.

Obama, que há tempos mantinha uma ambiguidade em torno do tema, explicou que havia chegado a esta conclusão após uma longa reflexão, depois de ter conversado "com amigos, familiares, vizinhos" e de ter visto "membros da equipe que mantêm relações homossexuais monogâmicas muito estreitas e criam seus filhos juntos".

Ele também mencionou os militares homossexuais que, apesar do fim de uma lei que os obrigava a esconder sua orientação sexual sob pena de exclusão, se sentem "limitados (...) porque não podem se unir em matrimônio".

O presidente também afirmou que havia conversado com estudantes republicanos que, mesmo manifestando suas divergências em relação a sua política econômica ou diplomática, "acreditavam na igualdade" em matéria de direitos dos homossexuais.

Ele ressaltou também que suas filhas "Malia e Sasha têm amigos cujos pais são do mesmo sexo". Tratar diferentemente os homossexuais "não tem sentido algum, para elas, e francamente, isso muda a perspectiva" sobre esse debate, considerou.

Há meses, o presidente democrata, que havia se manifestado em favor das parcerias civis em 2008, sem ter apoiado até então o casamento entre pessoas do mesmo sexo, se contentava a explicar que a sua posição a respeito deste tema estava "em evolução".

Já o provável adversário republicano do presidente Obama nas eleições presidenciais americanas de novembro, Mitt Romney, reafirmou nesta quarta-feira sua oposição ao casamento homossexual após as declarações feitas pelo chefe da Casa Branca.

Mitt Romney, cuja indicação como candidato está prevista para agosto, disse a uma emissora de TV local que "não era a favor, nem do casamento entre pessoas do mesmo sexo, nem das uniões civis que só diferem do casamento pelo nome".

O candidato republicano, considerado um moderado dentro do seu partido, afirmou considerar "apropriado dar direito ao parceiro de se beneficiar de certas ajudas ou ter direito a visitas ao hospital, mas o resto não".

"Para mim, de forma pessoal, é importante dizer que penso que os casais do mesmo sexo devem poder se casar", afirmou o presidente democrata, destacando estadounidenses expresarse sobre este tema.

No entanto, enquanto governador de Massachusetts, estado de tradição democrata, Romney teve que aceitar o direito ao casamento homossexual, o que lhe rendeu críticas dentro do partido durante a campanha das primárias.

Segundo uma pesquisa Gallup divulgada na terça-feira, os americanos estão muito divididos sobre a legalização dos casamentos gays: 50% são a favor, e 48% são contra.

Os casamentos entre parceiros do mesmo sexo são até o momento legais em seis estados americanos de 50, além da capital Washington, mas trinta estados adotaram emendas constitucionais limitando o casamento a uma união entre um homem e uma mulher.

O último destes estados foi a Carolina do Norte, onde 61% dos eleitores se pronunciaram na terça-feira a favor desse tipo de emenda.

A Carolina do Norte é um estado do Velho Sul conservador, mas onde Obama havia vencido em 2008 e com o qual ele conta para tentar conquistar um segundo mandato de quatro anos em 6 de novembro. Sinal da importância que foi dada a essa região pelos democratas, a convenção presidencial que confirmará Obama como candidato será realizada nesse estado de 3 a 7 de setembro.

Em campanha por sua reeleição, Obama visita com frequência lares de casais homossexuais organizando atos de recolhimento de fundos. Na segunda-feira, o Washington Post indicou que um "grande doador" a cada seis da campanha de Obama é gay.

Fonte: Terra Brasil

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